Campanha Dandaras e Carolinas mobiliza jovens negras, periféricas e quilombolas para incidir na política educacional
- 20/02/2025
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Imagem Divulgação
O Brasil vive um momento decisivo para o futuro da educação brasileira. Em 2025, o Governo Federal apresentará a proposta do novo Plano Nacional de Educação (PNE), documento que definirá as políticas educacionais para os próximos dez anos. No entanto, as desigualdades raciais, de gênero e territoriais permanecem como barreiras históricas no sistema educacional, agravadas pelos impactos da pandemia e pela falta de implementação de leis como a 10.639/2003, que prevê o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas, além de os recursos serem insuficientes para a efetivação de uma educação de qualidade.
Diante desse cenário, uma campanha nacional liderada por organizações como Inesc, N´zinga e Conaq, com apoio do Fundo Malala, busca garantir que o novo PNE priorize uma educação antirracista e antissexista, com financiamento adequado e foco em escolas periféricas, quilombolas e rurais.
A iniciativa destaca a importância de enfrentar o racismo e o sexismo estruturais, que limitam o acesso à educação de qualidade, especialmente para meninas e adolescentes negras, de territórios periféricos e quilombolas.
O escopo da campanha tem como um dos objetivos inserir diretrizes antirracistas e antissexistas no PNE, com financiamento adequado que garanta a qualidade da educação em escolas periféricas, quilombolas e rurais, além de garantir o protagonismo de meninas e adolescentes negras na construção de propostas para a educação brasileira.
A campanha busca mobilizar a sociedade e sensibilizar parlamentares sobre a importância de uma política educacional inclusiva, que combata as desigualdades raciais e de gênero de forma estruturada.
A campanha inclui encontros virtuais de formação em políticas educacionais, orçamento público, ativismo e comunicação com 30 jovens negras e periféricas de 12 estados brasileiros, culminando em um encontro em Brasília para entregar propostas diretamente ao Executivo e ao Legislativo. O objetivo da campanha é transformar o PNE em um instrumento de combate às desigualdades e de garantia de uma educação que promova equidade e respeito à diversidade. A Campanha Dandaras e Carolinas: Por um PNE antirracista e antissexista não é apenas um movimento político, mas um apelo por justiça social.
A educação brasileira precisa deixar de ser palco de desigualdades e se tornar espaço de emancipação e oportunidades. A campanha convida a sociedade, os profissionais da educação, gestores públicos, organizações, coletivos e os legisladores a se unirem para transformar o PNE em um instrumento de luta contra as opressões, promovendo uma educação que seja verdadeiramente inclusiva e equitativa.
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