Rubah lança o Ep "Origem"
- 06/12/2023
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“Rubah nasceu em Belo Horizonte e foi morar na ocupação periférica “Tijolinho” em Contagem/Minas Gerais no início dos anos 80.
Uma ocupação urbana, em forma de prédios, onde aprendeu com as mulheres as lutas por melhorias de vida para os filhos, e a resistência para se manter vivo.
O nome Rubah foi dado por uma amiga Iraniana que notou semelhança com o “rosto de Rubah”, uma espécie de lobo/cão de caça.
Desde 1999 Rubah segue incansável na sua missão de cantar a realidade em que viveu e vive.”
O trabalho do artista mineiro não apenas transcende os limites do gênero musical, mas também aborda de maneira peculiar as experiências e desafios enfrentados pela comunidade negra. Suas músicas não só cativam pela sonoridade inovadora, mas também provocam reflexões importantes sobre inclusão, identidade e superação.
Rubah tem como lançamento mais recente o Ep “Origem”
“O álbum conta com 9 faixas e foi inteiramente gravado no estúdio Full Time, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, onde nomes como Milton Nascimento e Djavan também registraram suas canções.
A masterização foi realizada em Barcelona, na Espanha, por Fernando Delgado, que assina produções de Djonga, Baianasystem, Francisco el Hombre e Zeca Baleiro.
Rubah produziu toda a obra, incluindo os arranjos encorpados, principalmente as criações de cordas. Em estúdio, as gravações ficaram a cargo da azeitada banda que acompanha Rubah (guitarra e voz), incluindo Cazão Drum (bateria), Hiago Fernandes (baixo) e Rone DMZ (guitarra solo), que também assina parte dos arranjos de guitarra do disco.
Nesse sentido, “Origem” está diretamente conectado às vivências de Rubah nos últimos anos – para além da pandemia – mas também em relação às suas pesquisas e descobertas sonoras para compor um álbum plural, sem perder a linha rock n’ roll. Em um trabalho maturado por quase dois anos, o músico se abriu às audições de jazz, aproveitou incursões em Buenos Aires para respirar novidades do rock argentino e também se permitiu criar o hábito de ouvir rádio diariamente, sendo levando pelas influências radiofônicas mais diversas, de Milton Nascimento a Sonic Youth.
“Comecei a escutar música com mais atenção. Coisas que ouvia no carro, na academia, fui sentar para ouvir em casa. Fiquei muito tempo na rotina de acordar e ouvir rádio, uma coisa que os jovens estão desabituados: deixar que alguém escolha o que você vai ouvir parece loucura hoje em dia. Junto com tudo isso, fui inserindo o blues, o jazz, um pouco de country, a estética afrofuturista, e fui encontrando a musicalidade do disco a partir de referências que eu sempre estive conectado, que também conversam com o rock de alguma forma, e consegui organizar agora em um disco”, explica Rubah.
Em “Amour”, a canção mais sensível do disco, cantada em parte na língua crioula e também em francês haitiano, há uma nítida reverência à música africana, aliada a uma amarga harmonia de blues. Expandindo as referências, “Jazz” (veja o clipe) homenageia o virtuoso e dançante gênero originário de News Orleans (EUA), com uma bateria salpicada envolvente, enquanto versa sobre a vivência de trabalhadores comuns, alinhada à realidade dos músicos negros pioneiros do jazz americano: “na boca um café amargo, cachaça e menta, atormenta / mais um dia vendido barato e eu não trago, o fardo”.
Todos os clipes do disco, lançados como aperitivos do álbum completo, têm produção visual de Emanuel Kaauara e fotografia de Renata Milard. As imagens oferecem uma variedade estética congruente com a diversidade sonora do disco. Desde o clima de clube jazzístico dos anos 1950 criado nas gravações de “Jazz”, na qual Rubah canta de terno e cabelo alinhado; passando pela aura sombria das gravações de “Quarentine”, quando o músico surge em visual gótico, acompanhado de fortes cenas hospitalares associadas à realidade desesperadora da pandemia; até os registros familiares que ilustram “Ana Laura” (veja o clipe), com imagens caseiras da filha de Rubah, de apenas sete anos, e referências lúdicas do universo dos super-heróis de HQ’s.
O cantor traz sempre traços africanos em suas obras, sua ORIGEM. (link do Spotify)”
Nos streamings podemos ouvir os outros dois eps lançados por Rubah.Encruzilhada de 2019 onde o artista trata de questões como Afrofuturismo e também da questão dos refugiados e Libertad de 2020, este último produzido no período de pandemia, onde Rubah pode versar sobre os tempos difíceis que vivemos.
O artista compôs alguns singles que contaram com produções bem elaboradas e carregadas de sua expressão eletrizante.
O single "Quarantine" (veja o clipe), abraçado por riffs do bom e velho rock n’ roll, aborda a impossibilidade de mudar um cenário resumido pelo verso repetido: “tudo fechado / todo mundo cansado”, em alusão às incertezas do início da pandemia. Já em “Dinossauro” (veja o clipe), descrita por Rubah como “a música mais pesada que já fiz”, as guitarras se mantém em alta, com expressivos solos de Rone DMZ, criando um ambiente fértil para Rubah cantar sobre a necessidade de superar mentalidades conservadoras do passado.
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